Novo Estudo da Mastercard e da Harvard Business Review aponta os cinco traços dos líderes em inovação

5 de novembro de 2019 | Lisboa

O estudo deixa pistas sobe as 50 iniciativas que os CEO devem implementar para desencadear a o pensamento positivo e a inovação

A inovação é um conceito fundamental nos negócios e na vida das empresas. É uma palavra muito utilizada para chamar a atenção e até para suportar atividades de recrutamento. Mas alguém já realmente parou para pensar sobre o que é a inovação e de como pode orientar a vida de uma empresa?

Foi para responder a este desafio que a Mastercard e Harvard Business Review Analytic Services levaram a cabo o primeiro Business Innovators Index, hoje divulgado, e cujo relatório Become 2020: Innovators Become Leaders, descreve os principais fatores que distinguem os líderes em inovação dos seus respetivos pares.

"No contexto atual, para se destacarem, as organizações devem ter uma estratégia clara para incentivar e produzir inovação", refere Ajay Banga, Presidente e CEO da Mastercard. "O estudo Become 2020 oferece uma visão tangível dos cinco traços que são comuns aos principais executivos de empresas globais sobre como promovem e gerem, com sucesso, uma cultura de inovação e em benefício dos clientes", acrescenta Ajay Banga.

Compreender a inovação

Ao longo dos últimos seis meses, a Harvard Business Review Analytic Services  (HBRAS) questionou mais de 1.000 executivos sobre como é que as suas organizações abordam a inovação em cinco áreas-chave – processo, capital humano, financiamento, experiência do cliente e dados e tecnologia.

A pesquisa contemplou, ainda, mais de 1.000 consumidores que se descreveram a forma como sentem se as empresas estão a dar resposta àquilo que mais importa aos clientes.

Após analisar os resultados, a HBRAS desenvolveu o Business Innovators Index, composto por 100 indicadores, que vão desde a estratégia à forma de organização, aos comportamentos inovadores. Os resultados evidenciam que, embora a maioria das organizações entenda a importância da inovação para o crescimento e o sucesso, a maioria não executa efetivamente as respetivas ideias.

Além disso, apenas 17% dos executivos foram identificados como líderes em inovação, com um índice médio de 88, enquanto 41% se mostraram claramente atrasados na forma como inovam. O ranking médio do índice foi de 58.

A partir das respostas dadas pelas empresas a 40 perguntas sobre comportamentos e atitudes face à inovação, foi possível agrupar as respostas em três grandes grupos:

- Os Líderes – são os que demonstram uma ampla gama de recursos para a inovação, a que correspondeu uma classificação média de 88 pontos;

- Os Followers – são os que têm capacidades em alguns pilares da inovação e que obtiveram uma classificação média de 66 pontos e correspondem a 42% do total das empresas participantes no estudo;

- Os Retardatários – são aqueles a quem faltam múltiplas capacidades para conseguirem inovar e que obtiveram uma classificação de 37 pontos.

Ativar Insights

O relatório identificou, também, as diferentes formas que as empresas podem adotar para criar ou reinventar o seu caminho para a inovação. São elas:

  • A velocidade vence: os inovadores devem pensar em trimestres e semanas e não em anos. Quase todos os líderes da inovação (96 por cento) colocam rapidamente novas ideias e soluções no mercado, por oposição a 17 por cento dos que estão atrasados na forma de pensar a inovação.
  • Os dados são um acelerador: os realmente inovadores, 73% dos líderes em inovação, extraem insights de várias fontes de informação internas e externas, uma vez que a intuição não é suficiente para ganhar escala per si.
  • Defina já as prioridades: a inovação não pode ser uma reflexão tardia e as prioridades devem ser definidas ao mais alto nível na empresa. Quase 90% dos líderes em inovação considera que, desta forma, é mais fácil garantir o orçamento certo e o buy-in interno para se alcançarem as melhorias incrementais necessárias.
  • A Cultura conta: para 84% dos líderes em inovação, as organizações precisam de capacitar os colaboradores para agirem como empreendedores. Isso não só cria uma cultura disposta a aceitar o risco, mas também leva a um pipeline mais amplo de ideias.
  • Foco, Foco, Foco: quase metade dos consumidores dizem que esperam que as empresas desenvolvam novos produtos, serviços e recursos para atender às suas necessidades. As organizações precisam, por isso, de dar prioridade às ideias inovadoras, sob pena de correrem o risco de ficar sem resposta para as expetativas dos clientes.

A propósito dos resultados deste estudo, David Ricketts, da área de Inovação  do Centro de Tecnologia e Empreendedorismo da Universidade de Harvard, refere que "ao longo da vida, estamos permanentemente à procura do que podemos fazer mais e naquilo que nos podemos tornar. Por outro lado, uma das razões pelas quais somos atraídos para a inovação é porque queremos que o mundo de amanhã seja melhor do que o mundo de hoje. E as empresas têm tido, neste capítulo, ao papel de impulsionar a maioria das inovações que temos acesso. Por isso, procurámos com o Become 2020 traçar um roteiro para apoiar as organizações nesse esforço permanente que a procura de inovação exige, com diversidade, responsabilidade e uma visão criativa clara".

Masterclass dos principais CEOs do mundo

Além do relatório já referido, a Mastercard e HBRAS desenvolveram ainda o CEO’s Playbook com as 50 iniciativas que podem desencadear a mudança para a inovação. Este Playbook foi desenvolvido a partir dos insights de executivos das principais empresas globais como, por exemplo, a Accion, Bass Pro Shops, Citigroup, Coca-Cola, IBM, Lyft, PayPal, Ronald McDonald House, Salesforce, ServiceNow, University of Maryland, Baltimore County e Verizon.

“A inovação está no centro de tudo o que a Accion faz. E para darmos resposta às necessidades financeiras de mais de três mil milhões de pessoas que estão fora do sistema financeiro global, ou para as quais ainda não há os produtos de que precisam, temos de ser capazes de interromper este status quo ”, refere Michael Schlein, presidente e CEO da Accion, organização internacional sem fins lucrativos. “Estamos constantemente a estudar como podemos aproveitar as novas tendências para criar serviços financeiros melhores, mais rápidos, mais baratos e mais seguros para aqueles que a quem o sistema ainda não dá a resposta adequada. Essas ideias vão ajudar-nos a continuar a apostar em inovação, porque essa é a nossa missão.”

Freeman Hrabowski, presidente da Universidade de Maryland, em Baltimore, acrescenta, também, que "enquanto universidade que está focada na análise dos impactes, descobrimos que a inovação acontece quando olhamos de forma sincera para o espelho, quando aproveitamos os dados que temos para ajudar a avaliar nossos esforços e, depois, quando nos mantemos focados nos nossos valores.”

Para aceder ao relatório completo Become 2020 -  Inovators Become Leaders  e  The CEO’s Innovation Playbook, visite BecomeIndex.com ou HBR.org.

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