Perspetivas económicas para 2022 dependem da Resiliência Digital e do Regresso à 'Economia da Experiência'

9 de dezembro de 2021 | Lisboa
À medida que as empresas continuam na sua transição para o mundo digital, o crescimento económico vai depender da mudança no comportamento das famílias em relação à poupança e na forma como os consumidores vão passar da compra de "coisas" para a compra de "experiências".

O Mastercard Economics Institute  divulgou o Estudo “Economy 2022”, que apresenta uma perspetiva de recuperação económica global assente em cinco fatores fundamentais - poupança e gastos, cadeias de abastecimento, aceleração digital, viagens internacionais e principais riscos.

As principais conclusões incluem: 

  • Poupança e Gastos*: Os gastos dos consumidores com as poupanças que acumularam ao longo do período podem contribuir com mais de três pontos percentuais para o crescimento do PIB global em 2022. As taxas de poupança das famílias dispararam em 2021 e quase duplicaram em comparação com o período pré pandemia. O impacto na recuperação poderá depender da rapidez ou da lentidão com que os consumidores gastem as suas poupanças. De acordo com o estudo da Mastercard, estima-se que o crescimento económico diminua em 2022 após a recuperação do crescimento em 2021, como resultado da diminuição dos estímulos dos governos e do aumento da inflação, sobretudo nas economias avançadas.
  • Cadeias de Abastecimento: A alteração dos gastos das famílias com bens e serviços regressa à normalidade, depois um retrocesso recorde de 27 anos. Na pré-pandemia e ao longo de décadas, a percentagem dos gastos com bens tinha vindo a registar uma diminuição gradual de -0,3% ao ano, à medida que a economia de serviços proliferava. Os efeitos impostos por restrições na pandemia - que encerrou barbearias e deixou os táxis vazios –, afetou severamente a economia de serviços, provocando um aumento de gastos com mercadorias de 39% para cerca de 47% no seu pico, dando origem a problemas nas cadeias de abastecimento.

Com o regresso ao crescimento dos serviços, estima-se que o equilíbrio possa normalizar em 2022, com a abertura das fronteiras e maior facilidade de acesso aos serviços.

  • Digital: 20% do crescimento do comércio eletrónico mantém-se, alterando a forma como consumidores compram e o que compram. A expectativa é que “e-economy” tenha vindo para ficar. De acordo com o estudo as subscrições ganharam força em 2021, com 26 dos 32 mercados analisados a registar um aumento de subscrições, por comparação com o período homólogo. Clubes de vinho, entrega semanal de mercearias, personal trainers virtuais, aluguer de bicicletas e serviços para animais de companhia foram alguns dos negócios que beneficiaram deste modelo.
  • Viagens: Voos de médio e longo curso ganham terreno em 2022 e viagens de lazer recuperam, à medida que for sendo possível a abertura de rotas internacionais. Apesar do regresso às viagens em 2021, o crescimento continuado depende da contenção de variantes de vírus. Apesar de se verificar uma rápida recuperação das viagens domésticas e de curta distância (menos de 965 kms) e das viagens de médio curso (965-2896 kms), as viagens de longo curso parecem ter dificuldade em descolar.
  • Riscos: Novas variantes do COVID como a Omicron representam o maior risco imediato, apesar de observarmos quase uma dezena de riscos adicionais com potencial de impedir a recuperação, incluindo uma forte oscilação dos preços da habitação que valorizaram 66% nos últimos dois anos, o aumento do preço do petróleo, guerras tarifárias internacionais e aumentos de impostos nas economias avançadas.

"O último ano não foi o regresso ao normal que muitos ansiavam, apesar dos enormes progressos que fizemos em conjunto", salienta Bricklin Dwyer, economista-chefe da Mastercard e chefe do Mastercard Economics Institute. "O crescimento económico, os avanços das vacinas e as transformações digitais que ajudaram empresas de várias dimensões a serem mais resilientes, são essenciais para a recuperação global. É por isso que perspetivamos um aumento da procura e do poder de compra dos consumidores e um regresso da economia da experiência no próximo ano como catalisadores da recuperação".

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Luís Rosendo, Generator

Metodologia

O Mastercard Economics Institute baseia-se na atividade de vendas agregadas e anónimas na rede Mastercard, entre outras fontes, para desenvolver uma medida da quantidade e dos preços dos bens vs serviços consumidos para economias em todo o mundo.

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Sobre o Mastercard Economics Institute

O Mastercard Economics Institute foi lançado em 2020 para analisar as tendências macroeconómicas através da lente do consumidor. Uma equipa de economistas, analistas e cientistas de dados baseia-se em insights da Mastercard - incluindo a Mastercard SpendingPulse™ - e dados de terceiros para fornecer relatórios regulares sobre questões económicas para clientes chave, parceiros e decisores políticos.

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