Adeptos globais do Râguebi devem aumentar 10% até 2025, segundo um estudo realizado pela Mastercard e a Universidade de Bath

• Impacto social do Râguebi: relatório da Mastercard revela cinco tendências e 15 pioneiros que estão a dar cartas na modalidade

• Dan Carter, Sébastien Chabal, Maggie Alphonsi, Safi N'Diaye, Bryan Habana e Portia Woodman-Wickliffe juntam-se ao “The Future XV”, uma seleção de pioneiros que estão a inovar e a mudar o râguebi globalmente

O número de adeptos de Râguebi deverá crescer 10% até 2025, segundo um estudo realizado pela Mastercard e a Universidade de Bath.

Esta é uma das conclusões em destaque no relatório “Futuro do Râguebi” recentemente apresentado pela Mastercard e da seleção Future XV: uma squad que destaca os jogadores de Râguebi que estão a moldar o futuro deste desporto em todo o mundo, no arranque do Campeonato Mundial de Râguebi de 2023.

No ano que marca o 200º aniversário do desporto, o relatório Futuro do Râguebi identifica como râguebi está a impactar positivamente a sociedade e actuar como uma “força para o bem” nas áreas da inclusão, saúde, educação, experiência dos adeptos e sustentabilidade. De acordo com o relatório, estima-se que o número de seguidores e fãs globais de râguebi cresça 10% até 2025 e que a participação de adeptos nesta edição do Campeonato Mundial cresça 17%. O Relatório identifica, ainda,  as principais tendências de impacto social para o futuro, tendo por base os atuais exemplos de um conjunto de personalidades e organizações associadas ao desporto. As principais descobertas incluem:

• Inclusão: O relatório estima que os níveis de participação feminina cresçam, totalizando 2,7 milhões de jogadoras em todo o mundo, representando um aumento de +28% no número de jogadoras registadas desde 2017. E ainda no domínio da inclusão prevê que, até 2027, os dez países com melhor classificação no desporto promovam eventos e competições nacionais focados na participação de indivíduos com deficiência. O estudo aponta para um crescimento da participação no râguebi em cadeira de rodas, uma modalidade praticada atualmente em cerca de 40 países em todo o mundo desde a sua criação, há menos de 50 anos[1].
• Saúde: As associações de jogadores e as instituições de solidariedade associadas ao rugby estão a liderar o esforço para desestigmatizar a saúde mental através do râguebi, especialmente entre os homens – e a usá-lo como um veículo para promover uma melhor saúde física e mental. O râguebi está também a começar a ser visto como um desporto mais seguro do que era em 2021 - o número de adeptos nos mercados emergentes[2] cresceu 10%.
• Educação: O râguebi está a ser usado em todo o mundo como uma força positiva para promover melhores resultados educativos e capacitação, em particular de jovens. O relatório sugere deveria ser feito mais para defender projetos de pequena escala que já fazem a diferença, como o UmRio no Brasil ou a VUSA Rugby Academy na África do Sul.
• Experiência dos adeptos: o compromisso da World Rugby em aumentar a influência global do jogo conduziu a um aumento de 32% no interesse dos fãs nas nações emergentes do râguebi – com dois terços a considerarem o jogo mais emocionante. O relatório apresenta propostas para aumentar a influência do jogo entre os adeptos, através de partilha de dados live nos estádios, a implementação da tecnologia VR e a utilização de hologramas dos jogadores.
• Sustentabilidade: O râguebi pode desempenhar um papel positivo na resposta às alterações climáticas, com a World Rugby a liderar pelo exemplo ao ser uma das primeiras federações internacionais a assinar o Quadro das Nações Unidas para o Desporto para a Ação Climática e a lançar o seu próprio Plano Mundial de Sustentabilidade Ambiental do Râguebi 2030. De acordo com o estudo, o relatório prevê que, até 2027, 50% dos clubes em competições de elite em todo o mundo assinem o Quadro das Nações Unidas para o Desporto para a Ação Climática, cada um deles comprometendo-se com ações ambiciosas.

Escrito por especialistas de râguebi líderes mundiais da Universidade de Bath, o estudo apresenta entrevistas exclusivas de lendas da modalidade e embaixadores da Mastercard Bryan Habana, Dan Carter, Maggie Alphonsi, Portia Woodman-Wickliffe, Safi N'Diaye e Sébastian Chabal, além de uma série de histórias pessoais dos jogadores que estão a inovar em todo o mundo e que fazem um trabalho notável para impulsionar o impacto social do jogo neste domínios.

Para dar vida às cinco áreas principais identificadas como impulsionadoras do crescimento do jogo, a Mastercard reuniu uma seleção de indivíduos notáveis ​​que estão a moldar o futuro do desporto – o Future XV.

Esta equipa de pioneiros, selecionada com a ajuda da Universidade de Bath e de estrelas internacionais do desporto, personifica as mudanças positivas que têm vindo a ser feitas para impulsionar o crescimento do râguebi, desde a fase de iniciantes até à profissional, em países de todo o mundo.

Os pioneiros globais que abrem o caminho para as futuras gerações de jogadores de râguebi são:

• [ARGENTINA] Bárbara Pichot, diretora geral de râguebi feminino do Sudamérica Rugby (SAR), que está a ajudar a promover o crescimento desporto feminino na região e a abrir caminhos para o futuro.
• [AUSTRÁLIA] Deb Coulthard, que dedicou sua carreira ao Deaf Rugby, e levou a seleção australiana ao exterior duas vezes como manager.
• [INGLATERRA] Shaunagh Brown, ex-jogadora da Inglaterra, usa a sua plataforma para ajudar a combater as desigualdades de género, etnia e sexualidade no jogo.
• [INGLATERRA] Alex Bassan, criou o râguebi para deficientes visuais e trabalha para a The Change Foundation, que usa o desporto para criar mudanças sociais. Alex treinou mais de 2.000 treinadores, formadores e gestores na utilização do desporto para a mudança social em todo o mundo.
• [INGLATERRA] Ayaz Bhuta MBE, medalhista de ouro paraolímpico, bicampeão paraolímpico e bicampeão europeu, é uma força motriz por trás da mudança da perceção da deficiência no rugby de uma forma mais abrangente.
• [FRANÇA] Jérémy Clamy, o primeiro jogador profissional de râguebi em França a falar publicamente sobre a sua homossexualidade.
• [FRANÇA] Julien Pierre, ecologista de longa data, Julien orientou a sua carreira na criação do primeiro selo para clubes desportivos para ajudar a promover o seu desempenho ambiental: Fair Play For Planet.
• [IRLANDA] Sene Naoupu, ex-jogadora profissional de râguebi e internacional irlandês em Sevens, XV's e touch. Fora do campo, Sene ajudou a liderar projetos estratégicos nacionais e globais revolucionários no râguebi feminino, no râguebi Pasifika, em nações emergentes, na educação para a saúde do cérebro e no bem-estar mental.
• [IRLANDA] Richard Fagan, é presidente do Emerald Warriors, o primeiro clube de râguebi LGBT+ Inclusivo da Irlanda. Richard defende que o râguebi é um desporto para todos e combina a sua experiência empresarial e paixão pelo desporto para transmitir a mensagem de diversidade e inclusão na Irlanda e noutros países.
• [ITÁLIA] Martino Corazza, criador do Torneio Internacional de Rugby de Habilidade Mista, onde jogadores com e sem deficiência jogam o mesmo jogo de râguebi tradicional como companheiros de equipe iguais, sem o uso de regras especiais ou adaptadas.
• [NOVA ZELÂNDIA] Kelly Evans, a primeira mulher credenciada como agente de râguebi da Nova Zelândia. Kelly dedicou mais de uma década de trabalho a promover mudanças positivas na forma como as mulheres no desporto são valorizadas e visíveis. Ela é apaixonada pela igualdade de oportunidades femininas dentro e fora do campo, trabalha para um futuro mais justo, não apenas no râguebi, mas no desporto como um todo. Kelly gere a defesa e bem-estar, negociação de contratos, parcerias comerciais, planeamento estratégico de carreira para os atletas do seu plantel.
• [NOVA ZELÂNDIA] Maia Marshall-Amai, é a única mulher na equipa Wheel Blacks e uma força motriz por trás do Râguebi em Cadeira de Rodas. O seu objetivo é incentivar uma maior participação feminina no rugby em cadeira de rodas.
• [ESCÓCIA] Jamie Farndale, que faz campanha por um desporto mais sustentável e investiga como a modalidade pode influenciar as mudanças comportamentais necessárias para a transição para uma economia sem emissões de carbono.
• [ÁFRICA DO SUL] Zintle Mpupha, a estrela feminina do râguebi que detém o recorde nacional de pontuação de try para o Springbok Women e é apaixonada por alavancar a sua plataforma como jogadora profissional de râguebi para ajudar a impulsionar a modalidade para iniciantes na África do Sul.
• [PAÍS DE GALES] Jo Perkins, fisioterapeuta-chefe da equipa feminina de râguebi do País de Gales, com a missão de impulsionar o crescimento do desporto e que apoia mulheres durante lesões, bem como estratégias de prevenção e gestão de doenças.

Keith Stokes, autor principal do relatório e especialista em ciência do rugby, salienta que: “O relatório e a equipa Future XV mostram que existem pessoas e organizações extraordinárias que estão  a trabalhar arduamente para criar mudanças positivas nas várias áreas deste jogo. No 200º aniversário do râguebi, sentimos que é o momento de celebrar estes inovadores e tudo o que o rugby alcançou e aproveitar para impulsionar o desporto nas próximas décadas. Isso significa que o râguebi continua a inovar para atrair mais pessoas para o desporto, demonstrando a sua influência positiva na sociedade e assumindo a liderança em questões fundamentais.”

“Orientámo-nos pelos princípios fundamentais de solidariedade e respeito do râguebi e esperamos que este relatório possa funcionar como um trampolim que ajude a impulsionar mudanças duradouras e impactantes, que por sua vez ajudarão a garantir que o râguebi continue a ser uma força para o bem nos próximos anos.”

Raja Rajamannar, Diretor de Marketing e Comunicação da Mastercard, acrescenta: “Este ano, comemoramos 200 anos do râguebi. E embora seja uma oportunidade de olhar para trás, o mais importante é olharmos para o futuro, para os próximos 200 anos do jogo. Como patrocinadores do Campeonato Mundial de Râguebi masculino e feminino e de programas como o Women in Rugby, vemos a incrível paixão que o rugby evoca entre jogadores e fãs. A Mastercard tem orgulho de fazer parte do legado deste grande desporto – e de investir para que o futuro do rugby seja brilhante.”

Alan Gilpin, Diretor Executivo da World Rugby, acrescenta: “No ano em que comemorando 200 anos do râguebi é um momento importante para refletir, desafiar e aproveitar o espírito pioneiro dos nossos primórdios para moldarmos um futuro para o nosso desporto. Desde a promoção da inclusão e da diversidade até à promoção de um sentido de comunidade, o râguebi tem o poder de unir as pessoas e criar mudanças sociais positivas. O relatório Mastercard “Future of Rugby” faz mais do que simplesmente dar vida a isto e demonstra que temos a paixão e a experiência para continuar a avançar para melhorar ainda mais este jogo melhor e dar um exemplo positivo.”

Metodologia

O relatório “Future of Rugby”, foi realizado pela Universidade de Bath entre julho e agosto de 2023, e apresenta pesquisas e insights de uma variedade de fontes, incluindo o World Rugby, Nielsen, o Mastercard Sports Economy Index, estudos de caso e entrevistas com organizações e indivíduos.

Links

Para aceder ao relatório completo visite: https://www.mastercard.com/news/media/bnpmexcp/mastercard-future-of-rugby-2023.pdf

Hero Film:

https://www.youtube.com/watch?v=bg7UTaj8HRU

[1] 2023 Canadian Paralympic Committee – https://paralympic.ca/paralympic-sports/wheelchair-rugby 

[2] World Rugby Year In Review – Nielsen December 2022