Experiência Internacional credencia Mastercard a oferecer soluções para implantação do Pix

Companhia de tecnologia em meios de pagamento já atua em 39 mercados em todo o mundo e dispõe de um conjunto de soluções inovadoras para garantir a segurança das transações e ajudar as empresas a melhorar a vida dos consumidores.

Ao entrar em operação em 16 de novembro, o sistema de pagamentos em tempo real criado pelo Banco Central, o Pix, vai permitir transferências instantâneas a qualquer hora de todos os dias do ano. A expectativa é grande e cerca de 30 milhões de empresas e pessoas físicas já estão cadastradas para usar essa modalidade.

Em vários outros países, esse sistema não é novidade. No Reino Unido, a Mastercard implantou a infraestrutura para pagamentos em tempo real, num modelo semelhante ao Pix, e esta experiência, somada a de outros 38 mercados onde atua, a credencia para oferecer soluções de tecnologia a empresas que queiram aderir ao Pix.

Estudo da Vocalink, empresa adquirida pela Mastercard há quatro anos e que opera o sistema de pagamento em tempo real no Reino Unido, aponta que suas soluções de tecnologia têm se mostrado 85% mais eficazes para emitir alertas de fraudes do que os demais mecanismos que vinham sendo utilizados.

Para as instituições que participam do Pix, além da cibersegurança, há ainda os desafios de calibrar os seus depósitos de garantia no Banco Central, uma espécie de lastro para os pagamentos em tempo real, e de apresentar a seus próprios clientes outras soluções para facilitar ainda mais suas transferências sem causar fricção desnecessária. Apresentar-se bem preparada nesses três campos certamente dará à instituição vantagem competitiva nesse novo ambiente.

“Hoje, como empresa de tecnologia, a Mastercard é cada vez mais relevante em todo fluxo de pagamento e uma parceira estratégica de instituições no processo de pagamento instantâneo”, afirma Ana Paula Lapa, vice-presidente de Produto e Inovação da Mastercard Brasil.
MAIS SEGURANÇA
As soluções Prevent e Trace, da Mastercard, atuam em vários países com a oferta de tecnologia para identificar possíveis fraudes e operações de lavagem de dinheiro nos pagamentos instantâneos. São tecnologias voltadas para que os participantes do Pix possam incluir uma camada adicional de segurança a essas transações. Enquanto o Prevent é oferecido para o participante de forma individual, o Trace está disponível para grupos de entidades, uma vez que tem capacidade de identificar ilícitos em uma rede.

Outra tecnologia, o Liquidity Management, auxilia as instituições financeiras a aferir com maior precisão o capital a ser depositado em sua conta reserva no Banco Central para garantir a liquidez às transações de pagamentos instantâneos. Também aprimora a validação do usuário do Pix com uso de biometria comportamental - um mecanismo adicional de segurança de grande valor para a instituição e seu cliente.

Há ainda mecanismos para facilitar a vida de quem tem contas a pagar. O Bill Payments Exchange (BPX) abre um imenso leque de soluções, como a possibilidade de consolidar a apresentação de diversas contas em formato digital em um único app. A customização de contas independentemente do método de pagamento escolhido pelo cliente, também disponível pelo BPX, permite a checagem manual de gastos quando o total superar um teto definido.

Outro de seus instrumentos pode aliviar a vida do cliente: o aviso à empresa recebedora de que a conta em atraso já foi paga evita o corte ou facilita a reativação do fornecimento dos serviços que foram desligados em função do não pagamento.

A Mastercard já provê consultoria a empresas e instituições financeiras, com o objetivo de muni-las com as melhores soluções para o aprimoramento dos meios de pagamento.

Invisíveis para o usuário, essas soluções tecnológicas podem determinar o grau de sucesso do sistema de pagamentos em tempo real e também de confiança na instituição na qual ele mantém sua conta bancária e realiza suas operações financeiras. No Brasil, o Pix e seus futuros concorrentes são considerados bem-vindos. Pesquisa realizada em parceria pela Mastercard e a Kantar mostra que 55% dos brasileiros esperam que todas as transações financeiras se dêem em tempo real.

Com essas mudanças, espera-se, entre outros, que o uso de cédulas e moedas se torne cada vez mais raro e que mais brasileiros sejam incluídos no sistema financeiro. Mas este é mais um capítulo do processo de digitalização de meios de pagamento no Brasil.

Outros modelos, como o pagamento em tempo real por meio de aplicativos de mensagem, também devem ser autorizados pelo BC a disputar esse mercado e gerar um ambiente ainda mais elevado de competição.

 

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